Julieta era estrábica de nascença. Meiga e fiel amiga. A sua pele vestia de um pêlo branco e cinza.
Julieta era meiga. 14 foram os anos que partilhámos e 4 foram os filhos que adoptámos.
Julieta era amiga. Estava presente sempre que precisávamos da sua energia. Sempre que precisei de companhia. Nem que fosse apenas para me aquecer os pés. Aquecia-nos os pés, o corpo e o coração. Julieta era amiga.
Para quem não sabe, ficarás sempre nos nossos corações. Mesmo hoje que o coração está mirrado. Um cantinho é só teu.
Adeus Julieta.
2 comentários:
Conheci a Julieta. Curiosa e atrevida.
Nunca soube se me apreciava ou olhava o infinito. Realmente era estrábica.
Lembras-te do Bu ? era lindo, feroz e agressivo.
Malhado de pele e feitio dava tudo o que tinha.
Felino, independente e decidido era o espelho da minha alma.
Dava tudo o que tinha.
A separação foi inevitável. Era um adeus que o meu coração previa ser para sempre.
Deu tudo o que tinha.
PS : já agora gostaria que lesses, não o filme da minha vida, mas o filme que é a minha vida.
http://seguesoma.blogspot.com/2010/06/mao-acolhedora.html
Aproveito para te dar os parabéns pelos teus textos. Adorei, principalmente "entre a sopa e um bife".
"...A lista branca do anelar bronzeia-se..." hummm que bem que ficou esta frase.
Abraços Angolanos
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