LEANDRO

Hoje sonhei que não morrias. Sonhei que a corrente te acolhia no colo, como nunca ninguém o fez, e te pousava suavemente na margem coberta de erva fofa e não na margem onde sempre te colocaram descuidadamente. E no meu sonho despertavas forte e zangado para te vingares dos biltres que te assombraram o pesadelo dos dias. E eu aplaudi cada golpe teu na face negra do passado.

Dói-me a tua morte juro, mas não consigo esconder este sorriso que me assalta quando vejo o sobressalto dos que sofrem com a ausência do teu corpo morto, sem nunca se terem lembrado de abraçar o teu corpo vivo.

A Deus Leandro
( como eu gostava que deus acontecesse na morte dos que como tu não viveram e vos cuidasse E-Ternamente).

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