Aquele casal aparecia sempre para almoçar
No mesmo restaurante
Num enamoramento pegado, quase com medo que o dia acabasse
(ou seria o almoço?)
Enquanto uns comiam sopa,
E outros cortavam bife
Eles tinham medo que o dia acabasse.
Ou o almoço acabasse.
e não houvesse mais alimento para aquele amor.
Aquele casal nunca falhava
Os dias da semana eram uma maratona de amor
ao almoço
Todos os almoços, todas as semanas
Mas pouco comiam
Mas nunca falhavam
Debruçavam-se em cima da mesa
Tocavam-se sem pudor de olhares alheios
e como havia olhares alheios a mirá-los
Mas pouco comiam
Mas nunca falhavam
Deixaram de aparecer. Há duas semanas, não mais
(gosto de pensar que estão de férias)
[este texto parte de uma observação da realidade. Mas espero, companheiros de escrita, que também vocês não tenham aparecido nestes dias (apenas) por estarem de férias]
5 comentários:
Um amor gastronómico :)
Esta companheira não está de férias. Mas breve, breve regressa ;)
bjs
Olá Marta
Como sou o que mais escreve, por vezes abestanho-me até que haja novas entradas. No entanto, o teu texto tornou irresistível esta provocação gastronómica ;)
Cristina:
Aqui te esperamos companheira :)
Pedro:
Que bom que apareceste com a tua escrita! E que sopa da pedra a tua :)
Muito bom :D
Se eles voltarem a aparecer, queremos novo post! ;)
Já eu, estava oficialmente de férias e voltei. :)
Agora só falta a inspiração...
:*
Obrigada, Isabel :) E prometo avisar se voltarem (mas começo a achar umas férias muuuuiiito longas). Força com a inspiração e sejas bem regressada :)
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