Ela continuava abraçada ao gato.
-Pobre desgraçado...-lamentou ela, coçando-lhe a cabeça.- Pobre desgraçado sem nome. Não é muito correcto que ele não tenha um nome. Mas eu não tenho qualquer direito de lhe pôr um nome: vai ter de esperar até pertencer a alguém. Nós apenas nos encontrámos um belo dia à beira-rio, não pertencemos um ao outro; ele e eu somos independentes. Eu não quero ter nada até saber que encontrei um sítio onde eu e as coisas nos completamos. Ainda não sei muito bem quando é que isso será. Mas sei como vai ser.
Boneca de Luxo - Truman Capote
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