há dias que nos consomem
como se tivessem anos.
falhos de amor, de luz,
de imenso cansaço, de voragem louca.
palavras cruas que matam
quando a noite perde o norte;
pedidos que se recusam
aos muros do teu silêncio.
de repente chegas
entre casas sem cor,
esperadas inesperadas
como a chuva ou o calor.
(o coração de quem se ama
letra a letra desejado
no sonho distraído
no desejo abandonado)
esperança que nos leva
aonde a vida é mais doce,
ao silêncio dos olhares
abraçados contra a morte.
a partir de Alexandre O'Neill
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