Duas estrelas
Alugava o quarto da mansarda todas as semanas. A dias diferentes para que não pensassem ser uma rotina. Chegava sempre depois do almoço. Sentava-se na borda da cama a olhar para janela que dava para os telhados da cidade. E ficava ali, de olhos cansados de não chorar. Depois puxava os lençois para trás. Colocava o anel que encontrara no passeio. Que parecia quase uma aliança. Quase. Sentava-se na secretária e escrevia um poema de amor. Que deixava no balcão ao sair, juntamente com a nota de dez.
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3 comentários:
que lindo, Cristina. gosto muito das tuas descrições: têm muita realidade, facilmente nos sentimos a assistir à cena que descreves - não nos sentimos longe
Concordo com a Marta.
Até só com o titulo já conseguimos imaginar um cenário :)
Mt bom!
Sorriso. Para ambas.
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