Fecho os olhos. Apoio a cabeça nas mãos. Preciso de silêncio.
O estômago revolve com as emoções. Preciso de calar.
Calar o silêncio.
Questiono-me quem ouviria o meu berro. Tranquilizo-me ao ouvir os dos vizinhos. Se os ouço a eles, eles a mim me ouvem.
Levo as mãos aos ouvidos. Silêncio.
Mantenho os olhos fechados e debruço-me nas quinas da vida.
Relembro emoções. Falo com o coração. Choro ou rio, por quases e por tudos.
O cenário mantém-se. Cara branca, olhos cerrados e mãos que evitam sons.
Perfeito.
Agora já só faltas tu.
7 comentários:
gostei!
:) que bonito, Isabel! :)
Obrigada :D
Martinha - para qd um novo desafio?? ;)
:*
Pois é, pois é :)
temos de pensar num desafio. Estou prontiinha :) Vou pensar nisso!! Pensem também meninas :)
Gostei. Fiquei em dúvida sobre o "objecto" a "calar", diria que é o pensamento?
Partilho este texto, que li pela primeira vez há 4 semanas (desculpem ser em Inglês, mas traduzindo perdia o sentido):
“Lost”, de David Wagoner
Stand still. The trees ahead and bushes beside you
Are not lost. Wherever you are is called Here,
And you must treat it as a powerful stranger,
Must ask permission to know it and be known.
The forest breathes. Listen. It answers,
I have made this place around you,
If you leave it you may come back again, saying Here.
No two trees are the same to Raven.
No two branches are the same to Wren.
If what a tree or a bush does is lost on you,
You are surely lost. Stand still. The forest knows
Where you are. You must let it find you.
O silêncio também doi.
Gostei muito Isabel
Sorri!
Sorri SEMPRE!
Porque mais triste que o teu sorriso triste é a tristeza de não saber sorrir...!
:D
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