Encostam os braços nas esquinas do tempo que passa, para conversa fiada que fia os dias e os gasta mas também lhes dá alento. Curvam os corpos para ouvirem melhor o que se diz à mesa do café entre uma cartada e um golo no tinto que os conserva. Já foram – dizem – corpos suados pelo trabalho no campo que os gastou mais do que a vida que passou por entre os braços sem que dessem conta. Sai-lhes a voz em tom baixo – só se eleva quando o motivo faz rir – e arrastam os pés em dó menor.
- Quer sentar, menina?
No Alentejo há sempre lugar para mais um.
Nas mesmas esquinas por onde o tempo passa devagar.
4 comentários:
Adoro o Alentejo.
E claro q a tua descrição é fantástica :D.
Já me consigo ver, sentada lá no meio, a aprender truques de cartas.
:*
O Alentejo é mesmo muito especial :)
Obrigada, querida Isabel
Este teu texto tem barra de cal azul no fim, Marta. :))
Adorei. Porque se cheira :)
Olá Cris, as férias foram boas? :)
Obrigada querida :)
Enviar um comentário