A memória é uma casa de paredes construidas pelos nossos olhos. Disse. No chão o olhar em busca de saudades. No resto da sala a música que a transportava à infância. Nesse momento sentiu-se sentada na alcatifa verde do quarto. O cheiro a algodão lavado dos lençois, misturado com o de cêra dos lápis. E os olhos. Perdidos num futuro que se desenhava simples numa folha de papel. O que é essa casa para ti? Perguntou-lhe ele. Ela levantou-se do seu passado forrado a alcatifa. Um abrigo. Um telheiro. Porque depois de crescermos percebemos que o presente é chuvoso. Sorriu-lhe, estendendo-lhe a mão. Ele viu que encerrava mais um tijolo.E uma música dos Marillion
4 comentários:
Uma mão amiga consegue proteger mais que um telhado :)
Mt bom, Cristina. Como sempre! ;)
:*
São tudo telheiros, Isabel :)
Obrigada
Cristina,
Tão bom tão bom :)
devorei todas as palavras com sofreguidão!
Obrigada por teres respondido ao desafio, adorei :)
:)))))
beijinho, Marta!
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